O primeiro-ministro Jean Castex comparou na segunda-feira à noite a covid a um filme sem fim, revelando que o país vive uma situação tensa após ter tido um pico de mais de 100 mil novos casos diários e anunciando novas restrições para conter a pandemia.



 A receita da França para travar a variante Ómicron no país consiste em voltar a apostar na obrigatoriedade do teletrabalho pelo menos três dias por semana, evitando assim os ajuntamentos nos locais de trabalho e nos transportes, especialmente nas grandes cidades francesas.

A estratégia, segundo anunciou também Jean Castex, primeiro-ministro, na noite de segunda-feira vai passar por reforçar a vacinação, estando agora o período entre doses reduzido para três meses. O passe sanitário em França, que até agora podia ser obtido com um teste negativo à covid-19, vai ser substituído por um passe vacinal, vedando o acesso dos não-vacinados à maior parte dos locais públicos.

Nem confinamento, nem recolher obrigatório para a passagem de ano, anunciou também o líder francês. No entanto, devido à pandemia muitas cidades cancelaram os espéctaculos de fogo-de-artíficio e as discotecas estão fechadas até Janeiro, o que não deixa muitas opções aos foliões franceses.

A partir de 3 de janeiro, será mesmo impossível comer ou beber de pé nos bares e restaurantes em França durante pelo menos 3 semanas.

Os concertos onde o público está de pé estão também proibidos e são só permitidos grandes eventos no interior de edifícios até 3 mil pessoas e em exterior, com lugares marcados, até 5 mil. Fora destes limites ficam os encontros políticos de preparação para as eleições de abril de 2022, uma excepção prevista na Constituição, mas que está a indignar o setor da cultura em França.

O regresso às aulas, após a pausa do Natal e do Ano Novo, continua definido para 3 de janeiro, com mais testagem para os alunos que sejam caso contacto.

Já o período de isolamento em França para os casos contacto vai ser revisto, pois nalguns casos chega a ser de 17 dias, um período demasiado longo para o atual número de casos no país.

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